Aquele cansaço permanente de quem faz muitas coisas e não consegue dormir ganhou novo nome: jetlag social. A síndrome, identificada pelo pesquisador Till Roenneberg, da Universidade de Munique, acontece devido ao descompasso entre os compromissos diários e o relógio biológico e faz referência à fadiga provocada por viagens a cidades com o fuso horário diferente. O resultado é o sono sempre atrasado e, num último estágio, a obesidade. Nas mulheres os sintomas são mais comuns que em homens, segundo a psicóloga Marilda Lipp, diretora do Centro Psicológico do Controle de Stress, e vêm acompanhados de uma outra síndrome, a da pressa.
— As mulheres têm mais problemas de sono, porque além do trabalho, se encarregam dos afazeres domésticos, dos filhos, do marido e ainda levam tarefas para a casa. São três jornadas que carregam junto a angústia, a ansiedade e a sensação de não poder parar, características da síndrome da pressa.
A neurocientista Dalva Poyares, médica do Instituto do Sono e professora da Unifesp, acredita que estamos todos dormindo menos sem estarmos geneticamente preparados para isso. Estudos epidemiológicos, segundo ela, mostram que quem dorme menos de cinco ou seis horas tem mais chances de desenvolver problemas metabólicos e cardiovasculares.
— Uma hora de privação de sono por dia reduz a capacidade do indivíduo em até 32%. Uma pessoa brilhante não será tão afetada, mas numa pessoa menos estimulada, isso é percebido em pequenas distrações, como um vendedor que dá um troco errado, por exemplo — explica. O melhor, segundo a médica, é respeitar a sinalização do organismo quanto à necessidade de sono, coisa que pessoas muito empolgadas com seus afazeres acabam não percebendo, se adaptam e ficam mais suscetíveis à insônia no futuro.
O doce e o café são apontados por Marilda Lipp como uma energia fugaz à qual se recorre nesses momentos de ansiedade. Mas o mais importante para reverter a situação é entender que ninguém dá conta de tudo.
— É importante pedir ajuda e desenvolver um plano de ação para emergências, porque esse planejamento dá uma sensação de controle e inibe a ansiedade — diz a psicóloga, que dá ainda duas dicas para o dia a dia:
— Dá para fazer exercícios de respiração profunda enchendo os pulmões e inchando a barriga por três vezes para relaxar. Mentalizar imagens da natureza por dois minutos também equivale a férias mentais.
Já a psicóloga Andreia Calçada acredita que esta demanda externa constante não desencadeia situações de estresse extremo de uma hora para outra. Esse acúmulo é que dá lugar à ansiedade e à depressão.
— É fundamental priorizar tarefas para diminuir o nível de cobrança e dar conta apenas do que for possível — ensina.
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6 comentários:
Olá Merlaine,
Seu post me deixou sob alerta. Obrigada pela dica!
Grande beijo para ti,
http://omundoparachamardemeu.blogspot.com/
Obrigada Dani!
Olá Merlaine,adorei a dica beijos.
Olá obrigada por seguir meu blog.
Volte sempre beijos.
As vezes é necessário pedir ajuda, mesmo. Nós mulheres estamos sobrecarregadas com as responsabilidades da vida. Precisa haver uma forma melhor de relação entre afazeres e vida íntima. Muita paz!
Obrigada pela dicas.
Abraços
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Conto com comentários sensatos.
Desde já,
Obrigada!