Ansiedade / 23.02.2012

A ansiedade é um estado de alerta, que alimenta o planejamento de ações, buscando saídas, alternativas e ensaiando ações de enfrentamento ou fuga.


A nossa herança do processo de ansiedade data do período pleistoceno, ou idade da pedra, quando a humanidade teve que enfrentar perigos reais ou imediatos no seu dia a dia.


Inundações, ataques de feras, risco de vida a cada momento eram realidades cotidianas, e as pessoas que estavam mais alertas, que tendiam a ver perigo a cada momento tinham maiores chances de sobrevivência.


Esta é a nossa herança: antecipar-se, preocupar-se permanentemente como se nossa integridade física, nossa sobrevivência dependessem desse estado de constante alerta.


Há um pouco do bicho em nós, na medida em que a natureza supre o animal de um instinto de sobrevivência. Quando o animal pressente um perigo que ele pode enfrentar, ele ataca e briga; quando sente que não pode confrontar ou que o perigo põe em risco sua sobrevivência, ele foge, corre para longe do perigo.


O ser humano também passa por inúmeras situações hostis, onde ou tem vontade de fugir, sair correndo ou onde tem vontade de atacar e destruir o que o incomoda. O problema é que nem sempre temos atitudes coerentes com que o que sentimos e nem sempre podemos agir por impulso. Ex.: uma pessoa em um relacionamento complicado, às vezes tem vontade de sair correndo e acabar com a situação, e às vezes tem vontade de destruir o objeto de sua raiva.


Só que não faz nem uma coisa nem outra, e só fica ansiosa, cobrando-se um milagre em particular para salvar a situação, ou fica esperando que o milagre venha do outro. A situação de espera causa uma ânsia e toda energia mental gasta no processo acaba sendo somatizada no corpo da pessoa.


É importante entender que tudo o que pensamos passa para o nosso corpo. Se você agora pensar numa situação bem triste que vivenciou, note que seus ombros ficam para baixo, sua expressão facial fica triste; se, em contrapartida, lembrar-se de uma situação bem engraçada que lhe aconteceu, automaticamente sua postura corporal e expressão facial modificam.


No processo de ansiedade, quando a pessoa fica em contato com seus medos, com as catástrofes dentro de sua cabeça, o cérebro não distingue se a situação é real ou não, se está acontecendo ou não, ele capta as impressões dos seus sentimentos, e mobiliza todo o corpo para agir; há uma descarga de adrenalina no sangue, e todo o corpo fica preparado ou para o ataque ou para a fuga, só que como a situação não está acontecendo, está só na cabeça da pessoa, todo o esforço físico (sudorese, tensão muscular, taquicardia, etc) não é colocado em prática, e isto acaba sendo somatizado, toda essa energia acaba indo para algum ponto nevrálgico do corpo e a pessoa acaba desenvolvendo sintomas psicossomáticos, como stress, dor de cabeça, úlcera, dor de estômago, azia, intestino irritável. Na verdade, toda esta tensão pode levar a inúmeras enfermidades.


Precisamos entender a raiz da ansiedade, medos e crenças que trazemos desde a nossa infância. À medida que tomamos consciência de nosso processo emocional, de nossa maneira de ser e ver as coisas, temos condições de interromper e curar a ansiedade. Precisamos desenvolver confiança na força atualizadora ou natureza dentro de nós, precisamos perceber a força natural de nossos recursos interiores, para podermos aprender a contar com essa força e pararmos de querer controlar o futuro, os outros, com o nosso pensamento.


Seja Idiota / 08.02.2012

A idiotice é vital para a felicidade.

Gente chata essa que quer ser séria, profunda e visceral sempre. Putz! A vida já é um caos, por que fazermos dela, ainda por cima, um tratado? Deixe a seriedade para as horas em que ela é inevitável: mortes, separações, dores e afins.

No dia-a-dia, pelo amor de Deus, seja idiota! Ria dos próprios defeitos. E de quem acha defeitos em você. Ignore o que o boçal do seu chefe disse. Pense assim: quem tem que carregar aquela cara feia, todos os dias, inseparavelmente, é ele. Pobre dele.

Milhares de casamentos acabaram-se não pela falta de amor, dinheiro, sexo, sincronia, mas pela ausência de idiotice. Trate seu amor como seu melhor amigo, e pronto.

Quem disse que é bom dividirmos a vida com alguém que tem conselho pra tudo,soluções sensatas, mas não consegue rir quando tropeça?

hahahahahahahahaha!...

Alguém que sabe resolver uma crise familiar, mas não tem a menor idéia de como preencher as horas livres de um fim de semana? Quanto tempo faz que você não vai ao cinema?

É bem comum gente que fica perdida quando se acabam os problemas. E daí,o que elas farão se já não têm por que se desesperar?

Desaprenderam a brincar. Eu não quero alguém assim comigo. Você quer? Espero que não.

Tudo que é mais difícil é mais gostoso, mas... a realidade já é dura; piora se for densa.

Dura, densa, e bem ruim.

Brincar é legal. Entendeu?

Esqueça o que te falaram sobre ser adulto, tudo aquilo de não brincar com comida, não falar besteira, não ser imaturo, não chorar, não andar descalço,não tomar chuva.

Pule corda!

Adultos podem (e devem) contar piadas, passear no parque, rir alto e lamber a tampa do iogurte.

Ser adulto não é perder os prazeres da vida - e esse é o único "não" realmente aceitável.

Teste a teoria. Uma semaninha, para começar.

Veja e sinta as coisas como se elas fossem o que realmente são:
passageiras. Acorde de manhã e decida entre duas coisas: ficar de mau humor e transmitir isso adiante ou sorrir...

Bom mesmo é ter problema na cabeça, sorriso na boca e paz no coração!

Aliás, entregue os problemas nas mãos de Deus e que tal um cafezinho gostoso agora?

A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso cante, chore,dance e viva intensamente antes que a cortina se feche!

 - Arnaldo Jabor 


 

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